quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Dar colo aos "Pais" também é preciso...

"Pais" - entenda-se encarregados de educação, pai, mãe...

Uma das facetas que adoro em ser educadora de infância é poder dar mimos, beijinhos, carinhos, festas e colinho aos meus meninos, aos da sala do lado, aos que são, aos que já foram embora...enfim, a verdade é que gosto de gostar dos outros e isso faz-me sentir muito bem!

No entanto, muitas vezes, os Pais também precisam de um colo, de um ombro, de alguém imparcial.
A nossa vida actual faz-nos ter momentos em que sentimos estar a ser maus pais, porque sentimos uma falha enorme no cumprimento de alguns dos deveres básicos: disponibilidade, comunicação...  Corremos muito, andamos sempre à pressa, parece que não temos tempo para nada...até haver um dia em que aquele pequeno ser humano que fizemos exprime que sente a nossa falta! Ou quando quer marcar posição no lar contestando tudo, atira coisas, torna-se bruto...connosco, pais, as pessoas que mais os amam no universo! E quando nos apanham numa fase mais frágil parece que ficamos literalmente sem chão!

Muitas vezes olhamos para trás e vemo-los tão crescidos! Como mãe penso muitas vezes: o que é que eu fiz ao tempo com os meus filhos?! Perdi muitas oportunidades?! É deveras um sentimento angustiante! 

Porém, não há pais perfeitos, nem há fórmulas mágicas que nos tirem todos os problemas de cima. Somos seres humanos, imperfeitos, com responsabilidades diversas, por vezes sem oportunidade para dizer que não queremos, ou até mostrar as nossas necessidades. Mesmo não gostando, caminhamos num funil... 

Mas...se não fossemos pais atirávamos tudo aos búzios e quem não gostasse comia menos! É aí que está o segredo: com todas as imperfeições e rasgos de dúvidas QUEREMOS SER PAIS! O amor de pais é infinito, é uma dádiva tão grande que nem se consegue descrever só por palavras. 
Tem de se valorizar os pequenos passos positivos, aceitar que há dias com reticências e outros com voz sonante ecoando vitória. A certeza: os  filhos saberão que a sua existência é o maior tesouro...sem hesitações, exibindo aquele brilho no olhar.

Este foi o desabafo de educadora, também mãe, um ser muitíssimo imperfeito, com um ombro almofadado!
Encontram-me facilmente...



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